Os transistores de rádio frequência (RF) são transistores fabricados com a finalidade de amplificar ou de gerar sinais de frequências elevadas, mas com pequenas intensidades.
São transistores que operam com correntes de baixa intensidade e por isso possuem invólucros de pequenas dimensões, os formatos podem variar bastante.
Os tipos modernos são em sua maioria silício, mas nos aparelhos antigos ainda podem ser encontrados transistores de germânio.
Para transistores de rádio frequência existem transistores que são dotados de 4 terminais.
Além do coletor, da base e e do emissor existe um terminal ligado a própria carcaça do transistor, que geralmente é de metal e que serve de blindagem.
As tensões máximas de operação destes transistores estão na faixa de 10V a 30V e as correntes máximas não superam os 200 mA.
As frequências em que podem trabalhar são muito altas, chegando a valores como 1500 MHz para transistores usados em seletores de TV de UHF e outras aplicações parecidas.
O que é diferente na maneira de construção dos diversos tipos transistores não é somente as intensidades de corrente e o calor gerado.
Se analisarmos um transistor comum veremos que a região da junção entre o emissor e a base e entre a base e o coletor se comporta como um capacitor.
Na verdade, existem componentes que se aproveitam deste fato na sua operação, como exemplo, os diodos varicaps.
É de vital importância o efeito dessa capacitância denominada parasita num transistor, pois na realidade ela é indesejável na maioria das aplicações dos transistores de rádio frequência.
Se for ligado um transistor como amplificador, o sinal aplicado deve ao mesmo tempo polarizar a junção base-emissor, supondo a configuração seja a de emissor comum, e também carregar e descarregar um pequeno capacitor parasita que que obrigatoriamente deve estar instalado no circuito.
Como demora um certo tempo para esta carga e descarga, antes do transistor entrar operação, existe um pequeno retardo que torna o componente um pouco lento.
Se o sinal aplicado na entrada for de muita alta freqüência, ou seja, apresentar variações muito rápidas, o transistor não consegue acompanhá-las, pois não há tempo para o capacitor formado pelas suas junções carregar-se e descarregar-se.
O resultado é que não existem no circuito as variações esperadas da tensão e da corrente de saída, ou seja, o transistor não amplifica numa condição dessas.
Por isso, ao se projetar um transistor para aplicações em frequências muito altas têm-se o máximo cuidado em reduzir todas as chamadas capacitâncias parasitas com regiões entre as junções muito pequenas, minimizando assim este efeito.
As próprias configurações dos transistores podem ainda ajudar a aumentar ou diminuir este efeito.
Por isso para a amplificação de sinais de freqüência muito altas, prefere-se a configuração de base comum onde as capacitâncias das junções têm seus efeitos minimizados e o transistor atinge sua máxima velocidade de operação.
A velocidade máxima de operação de um computador á em grande parte limitada pelos efeitos citados acima.
Os computadores contém milhões de transistores e as capacitâncias que eles apresentam influem muito na sua velocidade de comutação ou seja, na velocidade que eles processam os sinais que correspondem às informações.
O segredo dos fabricantes para se aumentar a velocidade está basicamente na diminuição dessas capacitância, o que é conseguida com a elaboração de transistores cada vez menores na pastilha de silício dos chips.