Transmissores são de satisfação incrível quando estão funcionando perfeitamente, mas existem muitos detalhes na elaboração de um transmissor, mesmo que ele seja micro transmissor, por isso sugiro dar uma olhadinha em algum artigo que fale sobre antenas e depois fica mais fácil entender porque ás vezes o projeto diz que o transmissor transmite x quilômetros e a transmissão não passa de alguns metros.
O circuito sugerido é de micro escuta, pois tirando a bateria, o circuito pode ser escondido dentro de um vaso ou dentro de algo que não chame a atenção, e ser captado num rádio de frequência modulada (FM)sintonizado na frequência da micro escuta, para isso basta que seja elaborada uma placa de circuito impresso pequena.
Não vou sugerir a placa de circuito impresso, apenas o circuito eletrônico, pois quem desenha a placa tem uma facilidade muito maior na montagem do circuito, pois ao desenhar a placa de circuito impresso ele se familiariza com os componentes e a localização exata, o que é de vital importância para que qualquer circuito funcione da forma esperada.
L1 em paralelo com C3 determinam a frequência do oscilador, C5, C6, C7 e L2 podem até serem omitidos no circuito, mas se for feito isso, se perde o acoplamento com a antena, perdendo em muito o alcance, com um pedaço de fio rígido como antena colocado na soleira da janela, o alcance foi de 300 metros em linha reta sem obstáculos visuais (10 postes na rua), e com boa recepção, o receptor utilizado foi um RádioShack modelo Pro-94.
Portanto, nota-se que mesmo sendo componentes passivos no circuito, os componentes C5, C6, C7 e L2 fazem o casamento com a antena para melhor rendimento.
Q1 é o transistor oscilador e atenção especial na posição dos terminais na hora de soldar, não aqueça demais o transistor na momento da soldagem, isso pode danificar o componente mesmo antes de ser utilizado.
Observar os capacitores e seus valores, que são um pouco críticos no que diz respeito a qualidade, como regra, utilizar sempre capacitores de disco cerâmico em circuitos de rádio frequência para não ter surpresas desagradáveis, as únicas exceções nesse circuito são C8, C10 e C11, então C8, C10 e C11 podem ser capacitores de poliéster metalizado.
Q2 é amplificador, observar a posição dos terminais ao soldar e demais recomendações que sempre se faz: atenção aos terminais e rapidez na soldagem.
R7 faz o ajuste do do ganho do microfone de eletreto, que por sí já é bem sensível, mas uma etapa amplificadora o torna mais sensível, então nota-se que não é preciso e nem deve-se ter a preocupação de falar perto do microfone, pois nesse circuito, a intenção é captar as conversas do ambiente.
Dicas:
1) Se ao ajustar não captar nada no rádio receptor, verifique a posição dos terminais de Q1, veja se os terminais base, coletor e emissor estão soldados onde é solicitado pelo esquema, verifique C1, se está com o valor correto, se este capacitor estiver errado o circuito nem oscila, pois C1 é de realimentação de RF, verifique se C2 está com o valor correto, pois se este capacitor estiver errado o circuito nem oscila, se R2 e R3 estão corretos, pois é muito comum a troca de valores de componentes no circuito, principalmente por ansiedade, faça sem pressa, o resultado vem mais depressa.
Outro problema é que o montador compra componentes errados, nesse caso, geralmente é por culpa de quem vende, apenas em parte é claro, pois o comprador deve saber identificar com precisão absoluta cada componente, e o valor do componente, não basta saber que isto é um resistor ou um capacitor, é preciso saber identificar o valor do componente, isto sim determina o sucesso de qualquer montagem.
2) Se o circuito é captado no receptor, mas não tem áudio, verifique a posição do microfone de eletreto, verifique a posição dos terminais de Q1, veja se os terminais base, coletor e emissor estão soldados onde é solicitado pelo esquema, se ainda assim estiver sem áudio, verifique os valores de R4 e de R5.
3) O sinal de RF é captado no receptor mas o áudio está distorcido (ruim), ajuste R7 para ganho menor.
4) O alcance da transmissão não está muito longe, verifique o estado de carga da bateria, se estiver carregada, ajuste C5, C6, C7 e L2 fazem o casamento com a antena.
Obs.: A potência, e a estabilidade de qualquer circuito que opera em rádio frequência (RF) é determinada pela carga da bateria, e quando a bateria vai ficando mais fraca, a frequência de transmissão também vai se desviando, mesmo assim, se for utilizar uma fonte, esta deve ser bem filtrada e com regulagem muito boa, caso contrário, a captação do riple de 60 hertz na rede elétrica será inevitável.
Outro fator de determina a estabilidade é o local onde vai ficar o circuito, sugiro uma pequena caixa metálica blindada e com aterramento, com apenas a antena saindo da caixa, essa proteção é para não criar uma instabilidade e também serve para que as bobinas não alterem o espaçamento entre as espiras, o que também altera a frequência de operação quando a bobina for osciladora, ou o ganho quando a bobina for de acoplamento ou casamento de impedância.
Q1 = 2N2219A ou equivalente (transistor de chaveamento)
Q2 = BC549A ou equivalente (transistor de sinal)
C1 = 6,8 pF (disco cerâmico)
C2 = 4,7 pF (disco cerâmico)
C3, C4, C5, C6, C7 = capacitor variável de 10 a 60 pF
C8 = 220K pF (poliéster metalizado)
C9 = 470 pF (disco cerâmico)
C10 = 120K pF (disco cerâmico)
C11 = 100K pF (disco cerâmico)
L1 = 6 voltas de fio esmaltado 18 AWG sobre forma de 6 mm com núcleo de ar
L2 = 7 voltas de fio esmaltado 18 AWG sobre forma de 7 mm com núcleo de ar
R1 = 120 ohms (120R)
R2 = 4700 ohms (4K7)
R3 = 3900 ohms (3K9)
R4 = 12000 ohms (12K)
R5 = 1800000 ohms (1M8)
R6 = 2200 ohms (2K2)
R7 = 47K (trimpot)